Ontem na padaria aqui do lado de casa me lembrei de uma história poderosa que senti de partilhar com vocês.
Cazuza tem uma música em que diz queerer:
“Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nesta vida”
Já muito embalada em um romance - o primeiro mais profundo depois que me separei - conto mais da separação aqui - me vi um belo dia querendo viver essa música com aquela pessoa. Queria ser “ o pão daquela pessoa” o alimento diário e fonte de nutrição dela, e como gostaria que ela também fosse isso para mim.
Bom fosse ela meu pão estaria eu morta de fome agora rs - a história acabou mas a reflexão ficou. Desejamos muito ser “pão” de alguém e que alguém seja o nosso- mas o quanto somos nós os pães das nossas próprias vidas? O quanto nós mesmas - de fato - nos responsabilizamos pela nossa nutrição e o quanto não servimos o melhor pão para o outro na esperança de que ele nos note e nos entregue - finalmente - o seu pão, mas o resultado acaba sendo sempre migalhas - migalhas que insistimos em não ver.
Foto: Alice Arida
Pois bem - a padaria do lado de casa se chama TÚ ÉS PÃO, e esses dias enquanto tomava meu café me veio o insight, SIM - eu sou o meu pão, mil vezes eu sou meu pão. A nutrição do outro é incapaz de manter vivo o meu solo se eu não o preencho daquilo de melhor que eu possuo. Estamos fadados - eu e o outro/a, a um vínculo recheado de insatisfação crônica se eu não sei sentir e viver a minha própria nutrição.
Por isso - é preciso aprender a ser o próprio pão.
Você é o seu pão? Está a caminho de ser?
Como seria se já fosse?
Te digo uma coisa sobre os últimos 3 anos da minha vida - eles foram um profundo mergulho na minha capacidade de alimentar e me nutrir quando todas as fontes do lado de fora estavam secas. Foi um grande teste do quanto eu conseguia sustentar essa nutrição, e me apaixonar verdadeiramente pelo pão que sou.
Com muita alegria vou partilhar esses aprendizados através de práticas e do rito bonito que vamos criar no IMANA - - uma vivência online que eu vou dar no próximo domingo 22.06 às 10h30 - 12h30.
Será uma cerimonia de amor próprio, de re-encantamento pela própria pele, pela própria história e pela própria força que faremos juntas numa roda poderosa de Mulheres.
Te espero para fazermos essa travessia juntas e para você se re-lembrar que:
o melhor lugar é estar dentro da própria pele.
Para parafrasear Cazuza:
“ Sou meu pão,
Sou minha comida.
Aqui eis me inteira
Todo amor que houver nessa vida”
Todas as informações para vivência IMANA aqui.
Com amor,
BÁRBARA
Ai como eu amo sua medicina!